Quando você leu o título dessa postagem provavelmente a primeira coisa que lhe veio à cabeça foi isso:
Mas o que eu vou falar é sobre isso:
Moulin Rouge é um livro escrito em 1950 pelo escritor francês Pierre La Mure. Conta a vida do pintor também francês Henri Marie Raymond de Toulouse-Lautrec Monfa, que teve uma doença quando criança e suas pernas não cresceram como deveriam. Pra quem já viu o filme Moulin Rouge de 2001, ele aparece como o anão que apresenta Christian à Satine. Existem outros três filmes sobre Toulouse, o mais famoso sendo o Moulin Rouge de 1952, vencedor de 2 Oscars.
Mas a vida de Henri vai muito além do que a maioria de nós conhece pelo filme mais recente. O livro nos apresenta as (poucas) alegrias e (muitas) tristezas desse gênio que escandalizou e encantou o mundo das artes de sua época. Acompanhamos sua jornada desde que ele era criança, desenhando retratos de sua mãe, a terrível doença, a descoberta do mundo, a rejeição, o sucesso, os amigos artistas, o alcoolismo, os bordéis, a solidão, até a morte.
A rejeição que ele sofreu por ser “feio e aleijado” o arrastou para uma vida de bebida, sexo e trabalho frenético, que eventualmente o levou à morte com apenas 36 anos. Mas antes de sua morte, Henri fez sucesso muito cedo com suas telas e cartazes “obscenos” para a época, retratando dançarinas do Moulin Rouge com suas saias levantadas e mulheres de bordéis, desprovidas de roupas e dignidade. A fama o arrastou para os salões da vida artística da época e o livro está cheio de referências à gente como Sarah Bernhardt, Camille Pisarro, Zola, Renoir, Cézanne, Manet, Degas, Oscar Wilde e Vincent Van-Gogh (grande amigo de Henri). (Clique nas imagens para ampliar.)
A menssagem do livro é tão brihante quanto ele mesmo. As pessoas não souberam ignorar o exterior e reconhecer e amar verdadeiramente o ser humano brilhante, amável e generoso que foi Henri de Toulouse-Lautrec.
“Criança de coração faminto, que desejara o amor que não pudera obter. […] A morte seria mais misericordiosa com ele do que a vida…”
“A feiúra, onde quer que esteja, tem sempre um lado belo; é fascinante descobrir beleza onde ninguém a consegue ver" - Toulouse-Lautrec
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