terça-feira, 21 de setembro de 2010

Rotação de Cultura

Diz-se muito que no mundo globalizado tudo se mistura e que as identidades dos povos estão cada vez menos homogeneas. É comum vermos índios portando eletrônicos, e americanos comendo peixe crú. Entretanto, o pudor em relação aos mulçumanos ainda é presente; eles são um povo com o qual muita gente tem certo receio em se relacionar. Por quê? Somente por terem fama de bombear tudo por aí e obrigar suas mulheres a se cobrirem da cabeça aos pés. é bom saberem que a primeira afirmação realmente vale, mas a segunda, NÃO!
"Já passou da hora de as pessoas entenderem que o hijab não é um símbolo de opressão contra a mulher muçulmana, mas uma escolha que ela faz", diz Fatima Rafiy (uma estilista belga está ganhando reconhecimento internacional com uma coleção de véus islâmicos feitos para a mulher moderna.)
A estilista belga parece ser adepta desse ideal de 'rotação(no que diz sentido a circulação mesmo) e interação cultural'. Ela acredita que o hijab (o paninho que cobre parcialmente o rosto) é um acessório que pode ser usado não apenas por jovens muçulmanas como também por não-islâmicas. Para provar isso, ela criou, juntamente com a sócia Inge Rombouts, a grife NoorD'Izar.
Na coleção de Rafiy, as cores sóbrias dão lugar a tons de roxo, verde e prata. Um modelo indicado para a prática de esportes é feito de tecido mais maleável, de fibras sintéticas como elastano e viscose stretch.


A ideia deu tão certo que os hijabs criados por elas além de darem a chance de modernindade às muçulmanas, extrapolaram essa comunidade e começaram a fazer sucesso entre não-islâmicas.
Prova que não há exceção. Nenhuma cultura fica de fora de mistura proporcionada pelo mundo globalizado. "Acho que elas (não-muçulmanas) gostam porque são peças diferentes de tudo", afirma a inventora da tendência. Agora é só esperar pra ver se a moda vai realmente pegar! E os homens? O que ELES vão dessa adesão ao 'sistema rosto-coberto'? É pagar pra ver!

Beijos, Thay Sales.

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