
O Bem Amado conta com atuações impressionantes de José Wilker e Marco Nanini. Wilker, na pele do bruto Zeca Diabo, mostra como um bom ator é bom ator em qualquer papel. Nanini é hilário em sua representação do político, que possui uma verdadeira descarga de adjetivos (alguns até iventados) em sua fala, em cima ou não do palanque.
Agora Caio Blat (jovem jornalista) e Maria Flor (filha de Odorico) não sei o que faziam ali. O romance dos dois ficou totalmente perdido, sem ligação com o foco do roteiro. Contando que na maioria das cenas dos dois ela tira a roupa e corre para o mar, acho que eles estão ali é pra atrair o público jovem mesmo.
As irmãs Cajazeiras (Zezé Polessa, Drica Moraes e Andréa Beltrão) não conquistaram muito a minha simpatia não. Elas até arrancam umas risadinhas da gente, mas no final tudo fica parecendo um "besteirol brasileiro". Apenasmente, como diria Odorico, o bêbado da cidade é diversão garantida.
O filme ainda satiriza a política brasileira; adorei o final, quando percebemos que o Brasil é, na verdade, uma grande Sucupira.
É um bom programa sem compromisso. Mas se você espera algo perto do nível de Lisbela e o Prisioneiro ou O Auto da Compadecida, desista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário